10 outubro, 2010

Shawn Barber


Quando eu crescer quero desenhar igual ao Shawn.
O cara é tatuador, excelente artista e quebra tudo na pintura à óleo.

07 outubro, 2010

gap muda marca



Grande marca de vestuário americana muda sua marca usando a fonte helvética que apesar de clássica continua atual.

05 outubro, 2010

04 outubro, 2010

Into the wild



O nome do filme em português é "Na Natureza Selvagem". Trata-se da história real de um jovem americano com vinte e poucos anos que decide, após se formar, largar tudo o que tinha: família, dinheiro, carro, amigos, "futuro promissor" e embarcar numa jornada de 2 anos pelos Estados Unidos pedindo carona e vivendo de pequenos trabalhos e caça. O filme é dirigido por Sean Penn de quem eu já sou grande fã e é muito bonito - roteiro e imagem. Pra melhorar ainda mais, chamaram o Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam) pra fazer a trilha sonora que encaixou perfeitamente no filme e dá aquela pitada de melancolia gostosa da qual eu, pessoalmente aprecio bastante.

O filme faz pensar muito na vida, principalmente nas coisas simples que passam a nossa frente e não conseguimos identificar e apreciar. Faz pensar sobre certos valores que o mundo nos impõe e que às vezes seguimos sem pensar muito, agindo de forma automatizada, feito robô e como é importante estarmos sempre atentos e "acordados" às escolhas e atitudes que tomamos. Também lembra que existe um falso sentimento de felicidade numa certa "estabilidade" que buscamos em nossas vidas. Corremos atrás desta estabilidade mas quando chegamos lá, nos damos conta que lá não há felicidade, há somente rotina, tédio e infelicidade. Sair da rotina, mudar, necessita de uma boa dose de coragem espírito de aventura, mas quando provamos o prazer de passar por uma experiência nova, conhecer novas pessoas, lugares, histórias, testemunhamos a real felicidade da vida.

No hinduismo existe um deus chamado Shiva, que é o Deus da destruição. Engraçado como os conceitos mudam de cultura pra cultura. Lá, a destruição é vista como algo positivo, por exemplo, se uma tempestade derruba sua casa, dizem: "Parabéns, você foi abençoado por Shiva." Para eles, onde há destruição, há recomeço, renovação, renascimento e portanto uma nova chance de fazer certo o que você não acertou. Também o simples fato de passar por este recomeço lhe torna mais forte e experiente. Falando nesse assunto lembro de dois amigos. Primeiro o André, que agora mora na Nova Zelândia. Ele sempre teve esse espírito aventureiro. Eu e minha esposa sempre o convidava pra jantar e bater um papo e a gente sempre frequentava o mesmo restaurante. O prato que a gente pedia era sempre o mesmo por já saber como era e porque aquele era o que a gente mais gostava. O André sempre pedia um diferente. Às vezes ele pedia um que não conseguia comer mas em alguns momentos e acertava. Na época eu não entendia porque ele fazia isso. O outro amigo é o Eduardo que é um amigo de infância que estudou comigo alguns anos. Nos reencontramos e ele estava num estado meio imobilizado na sua vida, sem trabalho e sem muitas perspectivas, até que recentemente conseguiu uma ótima oportunidade de trabalho que lhe proporciona viajar por várias cidades do Brasil, encarar muitos desafios, conhecer pessoas e lugares. Este realmente foi abençoado por Shiva.

Voltando ao filme, esta "destruição" foi o que aconteceu com Chris McCandless (o personagem principal), só que no caso dele esta grande mudança foi voluntária. Ele queria passar pela fome, frio, solidão, etc, porque entendia que isso tudo faria dele uma pessoa melhor, mais rica e resolveria algumas questões pessoais que ele tinha, principalmente com a família.

Enfim, a lição que tirei do filme foi que não temos que fazer o que ele fez, apesar de que quando o filme acaba, dá uma vontade de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Ele foi um radical, mas podemos ficar mais atentos à vida, principalmente à natureza e não permanecer naquele "conforto dormente" que vivemos.

Logo após ver o filme, não fiquei satisfeito e fui correndo em busca do livro pois o filme foi baseado num livro escrito pelo jornalista americano Jon Krakauer. Como em todos os filmes que são baseados em livros, o livro sempre é muito mais completo e envolvente e por isso o li em apenas 3 dias. Este filme e livro foram o grande achado que me fez aproveitar melhor cada momento de minhas pequenas férias.



01 outubro, 2010

férias


Tirei uma semana de férias, coisa que há muito tempo eu não fazia. Não viajei mas fiz um monte de coisas, todas muito importantes: descansei, principalmente a mente, passei mais tempo com os meus filhos, desenhei, fui pegar onda em plena terça-feira à tarde e assisti o por do sol de dentro do mar, aluguei um filme que me fez pensar muito na vida: Na Natureza Selvagem (depois falo mais dele), li um livro inteiro, tomei umas cervejas especiais, passei uma tarde na praia com minha esposa que terminamos comendo um caranguejo debaixo de um pé de cajú e conheci um sebo excelente no centro da cidade onde comprei um belíssimo exemplar do clássico Moby Dick. O desenho acima fiz durante as férias e é a vista da minha rua, Solon Pinheiro que corta o bairro de Fátima em direção centro da cidade até sumir entre os prédios e a catedral. Finalizando a vista pode-se ver uma linha de mar que hora se mostra e hora se esconde entre os prédios.