Durante uma fase muito feliz de minha vida frequentei o
Bar do Arlindo, muito antes dele virar o point da moçada e sair na revista Veja como o "melhor boteco de Fortaleza". Fui levado lá pelos amigos Geo (George) e André. Ainda me lembro que quando cheguei lá pela primeira vez, o lugar não passava de uma "bodega" daquelas com um balcão bem na frente e o Arlindo com aquele sorriso recepcionando os clientes, que na sua maioria eram bebedores de cachaça, flanelinhas, alguns aposentados, trabalhadores da construção civil, enfim, tudo gente muito simples que achava alí, no miolo da Aldeota, um refúgio para aliviar as tensões no final do dia. Segundo André, seu avô já era frequentador do bar e grande amigo do pai do Arlindo e ele só estava "seguindo a tradição da família" ao frequentar o local.
Num sábado desses, passando por uma ruazinha perto de casa (moro no José Bonifácio), notei um movimento muito intenso no que parecia ser um bar. Passei e não dei muita importância. Outro dia passo novamente na mesma rua e vejo e letreiro "Boteco do Arlindo". Penseu eu: Será!? Até que na última sexta tomei coragem, fui ao local e atestei que era mesmo o bar do Arlindo que havia se mudado para apenas dois quarteirões de minha casa. Depois de umas duas cervejas chega o proprietário e homônimo do bar que agora virou celebridade. Deixou de servir as mesas e agora sua função é "fazer a social" com os clientes batendo papo de mesa em mesa. Apesar do curto tempo que tivemos, colocamos o assunto em dia e relembramos várias histórias e figuras daquela época. Prometi a ele levar de volta toda a turma daquele tempo.
A foto não ficou muito boa mas o momento ficou registrado.